Há um tempo atrás publicamos um conteúdo aqui no blog falando sobre os tipos de layouts de produção. Hoje, vamos detalhar um desses formatos de distribuição na indústria: o layout celular.
Iremos explicar as características desse modelo e como ele é formado. Além disso, iremos mostrar as vantagens e as desvantagens que o mesmo traz para uma fábrica.
Quer saber tudo sobre o layout celular, exemplos e muito mais? Então, fique ligado neste artigo!
Mas, antes de tudo: O que é um layout de produção?
O layout de produção é um termo usado na manufatura para definir a forma como as máquinas estão dispostas dentro da fábrica. Embora pareça um significado simples, esse padrão de organização é quem vai determinar como será a estrutura de operação do maquinário e pessoas.
Isso é muito necessário, pois o formato de layout pode tanto melhorar os processos de produção como também pode gerar atrasos no setor industrial.
Em vista disso, é recomendado que a empresa invista em um layout de fábrica flexível, ou seja, que seja capaz de acompanhar as demandas do mercado de manufatura.
Existem atualmente quatro tipos de layout: por posição fixa ou posicional; por processo ou funcional; em linha ou por produto e, por último, o layout celular, o qual explicaremos a seguir.
Leia também: Layout de produção: entendendo o que são e os mais comuns nas indústrias
Layout celular: o que é?
O layout celular é a junção de diferentes equipamentos e maquinários que são capazes de produzir todos os elementos de um mesmo agrupamento, como se cada unidade celular formasse uma pequena fábrica.
Os layouts celulares mais comuns são formados pelas letras “V”, “L” e “U”. Essa nomenclatura tem esse nome porque as máquinas que são distribuídas na fábrica têm o formato de letras.
- Formação do layout celular
Em suma, o layout celular é um híbrido do layout funcional com o layout linear.
O layout funcional tem processos e equipamentos em setores de trabalho específicos (como os ambientes hospitalares). Já o layout em linha possui máquinas lado a lado, lineares e padronizadas a uma peça em específico.
Logo, no mesmo instante que a produção é dividida por setores, o layout celular também acompanha uma linha de produção, com a finalidade de reduzir o tempo de passagem de um produto no departamento de produção e montagem.
Como funciona o layout celular?
Em resumo, o layout celular funciona assim: cada célula (unidade de produção) é capaz de gerenciar e criar um determinado produto ou uma família de produtos, dado que toda a produção é feita em um mesmo espaço.
Logo, ele usa o potencial dos outros dois modelos (funcional e linear) e se traduz em um estilo mais produtivo que os demais, a depender do caso.
Atualmente, já podemos mensurar bons resultados advindos do manejo da célula na produção, viabilizando seu uso para alcançar o fluxo contínuo, como o case de um projeto implementado em uma metalúrgica.
Quais as vantagens do layout celular?
O layout celular aumenta o desempenho do sistema e acrescenta flexibilidade ao setor produtivo, pois as unidades celulares conseguem produzir diferentes produtos e suprir demandas que um padrão seriado não conseguiria. Outras vantagens da unidade celular são:
- Tempo de set-up reduzido;
- Maior identificação dos problemas;
- Operários multifacetados;
- Diminuição da quantidade de pedidos atrasados;
- Movimentações reduzidas;
- Controle e programação ágeis;
- Lead-time otimizado;
- Melhor qualidade dos produtos.
A seguir, confira mais vantagens desse modelo de layout.
Diminuição do estoque
Com a flexibilização dos lotes de produtos, há a redução do transporte de materiais, implicando em um número de estocagem menor.
Melhoria da satisfação profissional
Com a proximidade física das máquinas e operários, a comunicação entre os colaboradores de uma mesma célula é melhorada.
Formação celular em letras
O layout celular em “U” permite um retrabalho com fácil retorno, ao mesmo tempo, facilita o manejo de ferramentas e materiais. Essa interface também possibilita que um operário trabalhe em mais de uma máquina, sem perder o foco na tarefa principal.
Quais as desvantagens do layout celular?
Em geral, a maior desvantagem do layout celular é que, de fato, ele é feito para um modelo de produto específico, não permitindo padronizar o mesmo ciclo para outras famílias de peças diferentes.
Ademais, elaborar esse layout não é uma tarefa tão simples, pois é preciso planejamento e estudo do espaço físico. Felizmente, existem consultorias especializadas na implementação desse método.
Veja outras desvantagens do layout celular a seguir.
Redução da flexibilidade de rotas
Tendo em vista que o maquinário é retirado do centro produtivo e posto em células, a flexibilidade das rotas é reduzida, uma vez que a unidade celular fica mais suscetível às mudanças da carga laboral.
Dificuldade em produzir novos produtos
Como os operadores estão treinados para manufaturar um tipo de produto, nem sempre eles conseguem operar novas máquinas e manufaturar outras peças, a não ser às daquela família de produtos atual.
Dificuldade no controle produtivo e manutenção
O controle produtivo pode tornar-se mais difícil, aumentando os processos de trabalho. Também podem ocorrer problemas de manutenção em uma célula de trabalho que irá afetar todas as células seguintes que fazem parte do mesmo processo.
Resumindo
De fato, estudar o ciclo produtivo da empresa é fundamental para traçar o melhor layout de produção (ou o conjunto deles) e, dessa forma, reduzir as despesas com a capacidade produtiva.
Afinal de contas, é o aumento da produtividade que está em jogo e, para tal, os métodos eficientes, como o aproveitamento do espaço da indústria, precisam ser estipulados.
Mas, como quase tudo na vida, tudo tem seus prós e contras. Igualmente, o layout celular é um formato de organização da fábrica com vantagens e desvantagens para a manufatura.
Portanto, o mais adequado é se inteirar sobre as informações desse tipo de layout, de maneira que seja possível analisar se ele é adequado para o setor de produção do negócio.
Sendo assim, é vital verificar as etapas envolvidas nesse processo, o que possibilita entender os pontos de melhoria, ou inclusive, algum outro ponto de mudança para tornar o trabalho industrial mais eficaz.
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