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Tempos e métodos: Lead time, Takt time e Cronoanálise

Em um cenário cada vez mais competitivo, a tendência é que as empresas busquem melhorar os seus processos e otimizar a sua produção. Ao analisar o dia a dia da operação, percebe-se que o modo como algo é realizado e o tempo gasto para essa atividade são aspectos determinantes para o sucesso (ou não) de um produto ou serviço. Nesse sentido, as técnicas de tempos e métodos vêm auxiliar os gestores na análise dos processos de produção e melhorar os resultados obtidos da empresa.

Cada categoria de indústria de bens ou de serviços possui necessidades diferentes, assim, cada uma precisa de procedimentos de medição e controles de produção que se adéquem a sua realidade. Como exemplo, podemos citar o estudo dos tempos e a amostragem de trabalho.

As técnicas de estudo de método e medição de tempos unitários de produção precisam ser aplicados integradamente para o projeto atingir os resultados esperados. Eles trazem um controle absoluto dos procedimentos de produção, considerando a capacidade produtiva e a demanda a ser atingida, o que compõe um ciclo com diferencial competitivo, duradouro e controlável.

No post de hoje, entenda mais sobre três conceitos de métodos e tempos: Lead time, Takt time e Cronoanálise. Seus principais aspectos que envolvem esses procedimentos e como aplicá-los na operação das indústrias brasileiras.

Lead time

O lead time é o tempo que uma peça demora para percorrer toda a linha de produção até a entrega ao cliente final. Esse processo considera coleta de matéria-prima, linha de montagem, componentes de produção, transporte, logística, etc. Temos duas subdivisões nesse conceito:

Lead time de estoque: O cálculo é baseado na quantidade de estoque em dia/hora.

Lead time para transporte (fluxo): quando falamos em transporte interno, refere-se ao período total da rota. Se for o caso de caminhão, é o tempo de trânsito mais carga e descarga.

Takt time

É o ritmo de produção necessário para atender a demanda do mercado. Para o cálculo, divide-se o tempo disponível para produção em determinado período pela demanda dos clientes. O objetivo é fornecer um ritmo de produção mais alinhado com a demanda existente, sem sobrecarregar nenhum setor pelo excesso de estoque gerado em outro ponto.

Além do ritmo, ao se controlar o takt time, é possível realizar uma avaliação sistêmica quando um recurso novo entrar em operação ou quando houver contratação de um novo fornecedor. Dessa maneira, pode-se verificar se essas mudanças apresentam, no mínimo, um desempenho igual ao ritmo anterior da empresa ou se tornou um gargalo de produção ou de fornecimento.

Cronoanálise

Essa ferramenta tem por objetivo obter informações detalhadas das atividades do processo de produção por meio da cronometragem dos tempos, assim, é possível determinar o método mais eficiente para execução de cada processo, reduzindo custos e otimizando a produção. Para realizar a cronometragem de forma eficiente, é importante seguir às cinco etapas a seguir:

  1. Análise prévia da operação: Anotar informações relevantes sobre o processo que será analisado, tais como tipo de peça, matéria-prima, setor, operadores, ferramentas e dispositivos disponíveis;
  2. Dividir o processo produtivo em elementos curtos: não se deve efetuar uma única cronometragem do início ao fim do processo. Deve-se dividi-lo em pequenas etapas para melhor apuração do tempo e posteriormente identificação dos principais gargalos;
  3. Avaliar o nível de habilidade e experiência do operador;
  4. Determinar o tempo padrão.

Tendo identificado o tempo padrão de um processo produtivo, o próximo passo é promover treinamentos contínuos aos colaboradores. Após capacitados, deve-se analisar a eficácia desta fase através de avaliação dos resultados ao comparar com registros documentados anteriormente.

A metodologia de tempos e métodos já é aplicada com resultados extremamente positivos nos mais diversos processos produtivos, com linhas de baixa a alta complexidade. Entender como é feita cada etapa da sua produção e quanto tempo elas levam, traz uma visão sistêmica da empresa, sendo o gestor capaz de determinar onde precisa de maior atenção e comparar os métodos utilizados para dizer qual é o mais eficiente.

By | 2022-11-23T10:01:46-03:00 dezembro 11th, 2018|Lean Manufacturing|4 Comments

4 Comentários

  1. […] Confira o artigo: Tempos e métodos – entendendo no contexto organizacional […]

  2. […] Tempos e métodos: entendendo no contexto organizacional  […]

  3. […] mapear o fluxo de execução de forma integrada e criar um ritmo de produção, é mais fácil de se enxergar onde estão os desperdícios e reduzir ou eliminar atividades que […]

  4. Paulo Alfio Ledier Pedro 1 de outubro de 2020 at 08:23 - Reply

    Muito bom! Especialistas em cronometragem e cronoanálise são profisionais em extinção, hoje temos técnicos ou engenheiros que ficam acionando os botões do cronometro ou usando outros instrumentos de medição (até os celulares podem ser usados), porém sem conhecer os rudimentos da determinação de tempo padrão, que é muito mais que a média dos tempos observados, e da racionalização do trabalho.

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